sexta-feira, 7 de maio de 2010

Em noites muito escuras

Com saudades da mesma cor

Afagando nostalgias

Primeiro tão pequenas, nascem, são tímidas

Mas logo ganham corpo

Passos firmes, e rapidamente estão no céu.

 


Meu espírito se recolhe

Não me entendo

Estou em atrito


Caminho e não confio nos meus passos

Paro, olho pra trás, o que procuro?

Não sei, talvez procure por mim mesmo

Que fiquei pra trás

em outro momento, em outro passado


Logo lembro que tenho pressa

Não sei aonde vou

Mas tenho pressa


Sou homem maduro

Sou racional


Meus pés doem

Paro, descanço

Por que cansei?

Descanço por quê?


É triste pensar no vazio

Na vida, nos próprios pensamentos

Sair e pensar no que pensou


Na verdade, não sei se escrevo pra lembrar, pra não esquecer

Ou se escrevo justamente pra esquecer

Tirar da cabeça, botar no papel

Tirar o peso da mente


A tinta, o papel, esses sim são fortes

Sutentam, aguentam tudo, emprestam suas  forças


Deixo presas nas linhas as idéias de homem

Os porquês e incertezas de homem

Pra lembrar ou esquecer, sei lá

Sei que deixo, mas  por que não sei.

W.O.