Nas faces estranhas, à noite, percebo indiferença;
É triste caminhar sozinho, É muita solidão quando restou só você.
Vivo assim...Como se estivesse em uma sala,
em que todos estão sentados e só eu de pé;
Caminho pelas ruas e escuto os sons dos meus própios passos
e não sei de onde venho, nem aonde vou...
Tudo é deserto, o mundo que eu queria não é esse,
o meu mundo é só de sonho;E nesse deslocamento temporal, dirijo-me sofregamente
para o meu destino;A incerteza é minha companheira.
Já não sei ao certo se cumpro o meu desejo, ou se sou levado
Pela idéia vigente;
As respostas todas me parecem tão distantes, os caminhos inacessíveis,
As alegrias do mundo turvam a minha vista.
Nessa tempestade de devaneios e solilóquios,
busco refúgio no meu íntimo, nos meus pensamentos...
E encontro, mínima, tísica, tênue, ainda um resto de mais solidão.
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