sexta-feira, 25 de maio de 2007

Renovação

Na terra e no espaço infinito
Ouço sempre, incessante, o mesmo grito que diz:
Que da inércia me afaste sempre;

É míster que distante das almas estacionadas
Busque o bebedouro pra matar a sede
Atávica, de tempos inimagináveis

Que as catedrais e os templos que em mim construi
Possam ter uma renovação constante
E eu possa levar esse plano adiante
E até em sonhos esse plano eu vi

Nesse marcha eterna a brandir os gládios
Uma vitória é o caminho pra outra vitória
E nunca, jamais, nesta história
Cesse a alma de querer sempre mais

O amanhã vence sempre o hoje
E nessa verdade encontro o ponto exato
Algo entre o bemol e o sustenido
eis a revelação que o mundo me trouxe

E na promessa de um arrebol divino
Surge em mim um sorriso de menino
Ao perceber que o saber não acaba

E mesmo quando eu deixar de existir
Alguém há de querer saber de mim
perpetuando assim a renovação da alma

W.O.

Um comentário:

Felipe Granja disse...

Cada vez melhor. Há essa ânsia por imortalidade...quando encontrará água essa busca por sentido.