Hoje eu vou cortar com raiva os nós, as amarras e as fitas que me prendem.
Hoje sou todo reverso, sou todo rebelde, sou todo
criança.
Pulo o muro, corro sem direção, braços abertos.
Hoje não quero repressão, serei eu mesmo, sem cortes
e sem censura,
Verei o dia com nitidez absoluta, sem as lentes que
borram tudo,
Os compromissos? Faço deles bolas de couro e as
chutarei nas vidraças.
Hoje não quero nada demais, não, nada demais, só
quero ser livre, nada mais;
Quero sair sorrindo e voltar sorrindo, se surgirem
problemas, coloco-os no bolso e só me ocuparei deles amanhã, hoje não.
Hoje é meu carnaval solitário, meu natal e meu ano
novo,
Mastigarei até que fique sem gosto a felicidade, e
deitarei meu cansaço em cima da alegria.
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