segunda-feira, 2 de janeiro de 2012


Lembro, que quando criança perseguia as borboletas em seu voos oscilantes,
Corri atrás das luzes efêmeras dos vagalumes,
Em vão contei estrelas...
Já me despedi de tantos costumes de infante
Mas, quantos ainda estão comigo?
Já não pego na mão de minha mãe para atravessar as ruas,
Mas, quantas coisas ainda atravesso e que seguro aquela mão invisível?
Quantas borboletas de nuvens eu ainda persigo.
Tantas nuvens ainda eu dou forma mentalmente.
Aquela criança que me persegue, tapa os meus olhos com o pano da ilusão.
Piso ainda tantas vezes em meus passos, cada vez mudando de tamanho.
Corri atrás de vagalumes (meus sonhos),
Hoje corro atrás de sonhos (meus vagalumes),
Dupla e permanente vida, a de antes e a de hoje, inseparável vida.
Acha-me ainda com o sorriso ingênuo das coisas frívolas e pequeninas,
Acha-me ainda com o rosto sério, das coisas sérias e pequeninas.









Nenhum comentário: