sábado, 10 de dezembro de 2011


Desperdício
E me tirou da janela da minha solidão
Rapidamente me vi fora da ostra de mim.
Como um caçador de recompensas,
Profundamente me encontrou e me colheu.
Fui desconectado do meu “ex-mundo”
Me fez diferente, destronou o meu ego,
Fez pouco caso da minha esquadra, das minhas muralhas,
E em uma velocidade súbita, desnorteante, imprudente,
Me vi caminhando de um outro lado,
Totalmente estrangeiro, desconhecido.
Ah! Com que propósito me mostrasse o mundo?
Qual a razão?
E hoje, o que resta daquele de antes é um espectro mofado,
Largado num cesto de roupas qualquer, esquecido.
E fiquei eu novo aqui, carregado de vida,
Atulhado de sonhos,
Como uma cidade sem habitantes, com os bolsos cheios de ouro em um deserto.
O que fazer com tanta vida me deste?
Que desperdício.





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