Certeza
Tão certo quanto à
superfície rígida
que eu piso nesse
instante
Tão certa quanto à
pontaria certeira de um perito
Tão desconhecidamente certo
quanto o céu, a imensidão e o espaço (infinito).
Tão certo e sublime e
real e nítido
Quanto o vento que despeça,
desordenadamente,
Os pedaços de uma folha
rasgada
Ou que define direções.
Certo como quem discute
consigo mesmo.
Hoje, depois de
mergulhado e revirado todas as minhas incertezas
volto à superfície com
essa minha única certeza
são incertos meus
futuros passos, meu destino, minha música e minha melodia.
É incerta a minha
metafísica, meu silêncio, minha voz.
Na verdade, sou quase
todo incerteza...quase todo
Certeza de verdade, só
tenho uma:
que vou cantar a tua
memória, que vou caminhar na sua direção...
que serei o eu mesmo,
sem cortes e sem censuras, descontraidamente sussurrando...
baixinho aquela balada.
E no silêncio lento dos
dias futuros..nas ruas desertas do destino na frente dos olhos
Quando o esquecimento
for tão forte quanto o próprio tempo;
Guardarei a bandeira da
minha certeza...hasteada...firme...visível,
Tão certo quanto a
firmeza das minhas palavras,
guardarei o seu nome,
de todas as máculas...
minha certeza é saber
que você é certeza.
Que você passou por mim
e deixou-se ficar
Colada, agarrada...e
fixa...bem fixa... minha certeza.em mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário