sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


Não sei
Não sei que voz me fala, que me comanda e me manda te encontrar
Não sei que voz me cala a voz quando protesto racionalmente, não sei,
Que força me rasga as pálpebras quando insisto em fechar os olhos diante de ti, não sei,
Que mão invisível me pega na mão e acelera os meus passos pra te encontrar, não sei,
Que chuva hierofanica é essa que me molha por completo com a sua imagem.
Ah! Afrodite! Me poupa dos teus caprichos. Vê, sou fraco não compreendes?
Me esconde os teus segredos, não me revela teu rosto, que não suporto o divino.
Onde será que escondeste a minha liberdade? Que já não sou dono do meu desejo.
Não sei que precipício me subtraiu no seu fundo, não sei que águia me devora o fígado injustamente.
Ah! o não saber dos conflitos e batalhas que se multiplicam na consciência..o não saber,
o que saber e o que fazer.
Não sei o que falar ao certo, se certo ou errado ou incerto, não sei.
Mas, se te vejo, meu caminho é certo, e se desenha na sua direção.
Não sei que força me arrasta o corpo. Mas, que seja, que seja assim sem saber,
Se o prazer que tenho ignora o saber, e se te encontro e sempre multiplico o querer,
que passe assim a vida inteira sem saber o porquê.



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