Te
procuro
E como te procuro já nem sei mais.
Nos sonhos, nas noites, nas sombras, te procuro.
Tantos labirintos e vielas, em todas as docas, em
todos os cosmos, te procuro.
Nas praças, nas fontes, nas praias, meus olhos
vasculham o distante, te procuro.
Te procuro em cada uma com quem estou, procuro os
detalhes, a simplicidade,
O toque, o sorriso, os gestos o gosto, te procuro em
tudo.
Grande é esse mundo e te procuro sem descanso.
Onde anda a paz do teu sorriso?
Alguém! me conta em segredo o teu destino!
Prometo recompensa...
Te procuro na estrada larga, nas trilhas estreitas,
por entre as coisas de tudo,
Te procuro e te procuro.
Um comentário:
Acredito que todo poeta, realmente poeta, não devia ter parte com este mundo, porque não deveria ser este seu habitat natural, devia era andar entre os seus, esquecer os disse-me-disses da vida, os quiprocós cotidianos e viverem assim, à sombra de uma árvore, cercados de versos e rimas, mas isolados, isolados do mundo e de tudo, até da Psicologia, porque esta e tudo mais que fosse mundano deveria ser banido do horizonte de um verdadeiro poeta. Parabéns, Wagner, novamente vê-se claro que nasceste pra isto!
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